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segunda-feira, julho 25, 2011

Santo de casa não faz milagre


A ideia de que santo de casa não faz milagre parece que está em sua amplitude máxima quando o assunto é o flerte dos organizadores da rota cultural caminhos do frio e alguns representantes de grupos culturais de Areia.

Quem esperava "tudo por amor" deu com os burros n´água quando da escolha das atrações artísticas locais que comporão a programação do evento. Por ingenuidade ou excesso de confiança algumas pessoas que estão no timão dos caminhos do frio no município "inventaram de inventar" de querer dedicação total de grupos de dança, musicais e teatrais de Areia na participação do evento que começa no próximo dia 29 de agosto. Detalhe: sem receber cachê algum. Como diria um popular "de graça e à seca".

Mas como em todo lugar tem aquele do contra, o incesto cultural que propunha os representantes dos caminhos do frio terminou antes do esperado, nem começou a ser colocado em prática.

Afagando o ego dos artísticas areienses com belas palavras e promessas futurísticas, a organização da rota cultural caminhos do frio pretendia, sob alegação de falta de recursos, deixar de pagar o cachê destes profissionais.

Ao propor tal artimanha (veladamente, claro) alguém bateu o pé alegando não admitir tamanha "caralavadiçe". Teria dito: "eu e meu grupo só se apresenta com cachê, assim como está sendo feito com os artistas de outras cidades".


Não precisou de mais nada para que os verdadeiros protagonistas viessem à tona. Ao que parece os "adidos" culturais dos CF, não contavam que na terra da cultura tivesse alguém capaz de pensar, ou, talvez, realmente acreditassem que santo de casa não faz milagres.

A questão pode ser o primeiro "round" de muitos pela frente, diga-se de passagem que o município de Areia já confirmou para setembro o festival de artes e se, um evento bancado pelo governo do estado não tem dinheiro para os artistas locais quem dirá sendo patrocinado pela governo municipal onde a choradeira é bem maior?

Um comentário:

  1. Gilberto, querido e velho amigo, jornalista e blogueiro que admiro,

    Sempre acreditei que a primeira função de um jornalista sério e bem intencionado é checar as notícias e os boatos, antes de opinar e de publicar, principalmente. Infelizmente, não foi o que constatei ao ler seu blog hoje. Mas como sei da sua seriedade profissional, vou esclarecer aqui alguns pontos que os internautas e a população em geral devem tomar conhecimento.
    Primeiro, como já disse numa emissora de rádio local, e mais de uma vez, os grupos que recebem subsídio público (lembrando que cinco grupos locais percebem todos os meses R$ 500,00 da Prefeitura) realmente se apresentam sem cachê, pois esta é a contrapartida desses grupos: apresentarem-se três ou quatro vezes durante o ano, gratuitamente em eventos culturais. Os outros grupos que não percebem tal ajuda de custo, como o Capoeira Angola, o Suave Metal, Tinho e Banda e constam na programação estão com seus cachês garantidos. O que acho justo.
    Segundo ponto: não sei de quem partiu a informação de que a organização alegou falta de recursos a estes grupos para deixar de pagar seus cachês. Não houve essa conversa, posso garantir e você sabe que eu não uso de atitudes mesquinhas. Quanto às belas palavras, costumo usá-las pelo respeito que tenho para com o verbo, mas nunca, para afagar egos a fim de camuflar e enganar ninguém. Não é meu feitio, todos sabem.
    E quais foram as promessas futurísticas? Quem as fez? Porque quanto a mim, prefiro não fazer promessas, faço metas e planos passíveis, ou não, de se tornarem realidade.
    Outra coisa: não me utilizo de artimanhas e estou surpresa de que você esteja utilizando tantos adjetivos e substantivos e outras classes gramaitcais negativos para me atingir. Claro que quando disse sim ao cargo de Secretária de Cultura de Areia, num governo ´praticamente em fim de mandato, sabia que perderia a paz. Que amigos fingiriam me desconhecer e desafetos fingiriam ser meus amigos de infância. Mas, os bons são maioria. Creio nisso.
    Outra coisa: nunca subestimei a autoestima e a exigência do artista areiense: o senso crítico apurado, a inteligência. Sempre o respeitei, pois estou e sou um deles. Com orgulho e amor.
    Vamos sim, "repatriar" Severino dos Ramos para Areia. Antes tarde do que nunca. Seu amigo, que espero que o seja, tem toda razão. Ele virá para dar uma oficina de desenho durante dez dias e fazer uma exposição. Esse gesto é de justiça para com um artista magnífico que merece ser resgatado antes que seja tarde. Se você considera esse gesto passível de crítica, então creio que o que você pretende fazer é barulho, embora acredite que você é maior que isso:a polêmica barata apenas.
    Por fim, gostaria de deixar claro que nenhum grupo me procurou para reclamar e que enquanto eu estiver à frente desta secretaria, pouco mais de um ano, nenhum artista precisa bater o pé ou o punho em nenhuma mesa, porque, eu sou do diálogo. Esse é o caminho.
    Por isso é que nada fazemos sem antes consultar ou dialogar com o nosso gestor.
    Aproveito para me colocar à sua disposição para qualquer dúvida e deixo meus telefones: 8829-6916/9685-3520.
    Termino,parabenizando-lhe pelo blog, que acompanho sempre e pelo jornal Educar. Bom trabalho, dos que merecem ser mencionados.
    Abraços da velha amiga

    Janaína Azevedo

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