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Foto retirada de Caminhos do Frio 2011 |
O poeta areiense Valberto Cardoso está ministrando, dentro da programação do 6º Caminhos do Frio, a Oficina Escrita Poética para um público de vinte novos escritores da região.
Segundo ele, a oficina tem como objetivo destacar os novos autores da literatura paraibana na produção textual em prosa e poesia. Ao final da oficina, que está marcada para o próximo dia 02 de setembro, os trabalhos produzidos serão expostos ao público.
Valberto Cardoso é da sagra dos novos autores paraibanos com livros publicados que agradaram a crítica. O livro “A invenção do dia” lançado em 2009 reúne sonetos, cartas e poemas e "assombra" pela poética refinada e linguagem inovadora.
“A invenção do dia” é o livro de estreia de Valberto cujos poemas transitam pelo minimalismo e narrativa, sempre atento aos temas da memória e da solidão.
Nascido em Areia, em 1971, atualmente mora em João Pessoa onde atua como professor de literatura e ministrante de oficias como a que está coordenando em Areia.
A invenção do dia
Desconheço aquela paisagem
Que cobria os meus olhos, os meus pés, os meus dedos,
Sirenes do dia
Desconheço o brejo e suas fábricas
As crianças que brincavam comigo,
Que atravessavam a história do beijo
Não desejei perseguir as ruas por onde construí estes descaminhos
Onde ficou o nosso hóspede no momento em que o porão se desfazia
Emparedado à sombra da renúncia?
Assim foi a casa, a cozinha, o quintal
E a fração do almoço,
Como proclamar o diário da boca
E assim a obrigação de dobrar lençóis...
O sol - maior que os quartos - e a terra nos vestiam de intervalos
Entre os inventários, a ruína
O rito das traças, a melodia devorada
Fora da sala o incompleto palácio
E a oração da tarde
A percorrer a ingênua cidade
O anúncio da hora prévia
E exata da verdade
Valberto Cardoso
“A invenção do dia” é o livro de estreia de Valberto cujos poemas transitam pelo minimalismo e narrativa, sempre atento aos temas da memória e da solidão.
Nascido em Areia, em 1971, atualmente mora em João Pessoa onde atua como professor de literatura e ministrante de oficias como a que está coordenando em Areia.
A invenção do dia
Desconheço aquela paisagem
Que cobria os meus olhos, os meus pés, os meus dedos,
Sirenes do dia
Desconheço o brejo e suas fábricas
As crianças que brincavam comigo,
Que atravessavam a história do beijo
Não desejei perseguir as ruas por onde construí estes descaminhos
Onde ficou o nosso hóspede no momento em que o porão se desfazia
Emparedado à sombra da renúncia?
Assim foi a casa, a cozinha, o quintal
E a fração do almoço,
Como proclamar o diário da boca
E assim a obrigação de dobrar lençóis...
O sol - maior que os quartos - e a terra nos vestiam de intervalos
Entre os inventários, a ruína
O rito das traças, a melodia devorada
Fora da sala o incompleto palácio
E a oração da tarde
A percorrer a ingênua cidade
O anúncio da hora prévia
E exata da verdade
Valberto Cardoso
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