Na soleira do infinito
Vejo o círculo que cresce
E de terror estremece
O que antes era bonito
Suga tudo que acredito
Com força felina e abrupta
Que essa gente corrupta
Traz dentro de suas veias
Como de aranhas, as teias
Ou mulher que se disputa
Na parede de granito
O inseto sempre floresce
E sua vítima envelhece
Esperando o que foi dito
Nesse lamentar maldito
Padecer é sua luta
E na obscura conduta
Sua corrupção alardeia
Pois há alguém que medeia
Estes homens-prostituta
Como aranhas, seu delito
É agarrar o que aparece
Enquanto o povo empobrece
E o corpo fica um palito
O inserto hermafrodito
Tem veneno de cicuta
A vítima na labuta
Na podridão que enlameia
Dos tempos da santa ceia
À hoje ninguém refuta
Gilberto Batista
30/07/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário