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sexta-feira, julho 22, 2011

População de Areia protesta contra Cagepa


A população de Areia saiu nesta sexta-feira (22) às ruas para protestar contra a constante falta d´água nas moradias areienses. O ato público que aconteceu às quatro horas da tarde no Coreto da Praça João Pessoa reuniu populares, estudantes e parte da classe política da cidade em torno da luta por melhorias no sistema de abastecimento de água feito pela Cagepa (Companhia de Água e Esgosto da Paraíba).

Durante o protesto alguns consumidores se mostraram indignados com o que chamaram de descaso com a população por parte da Cagepa. De acordo com eles, há ruas em Areia que faz mais de uma semana não tem água nas torneiras das residências.

A situação precária no abastecimento feito pela Cagepa em Areia não é de hoje mas o protesto foi motivado pelas justificativas nada convincentes que a companhia dar a população. Segundo ela, a falta de água das últimas semanas se deu em virtude da queima de uma bomba de transporte que retira a água dos mananciais para os reservatórios de tratamento da empresa. De acordo com informações da gerência local, no município não há equipamento de reserva e neste caso não é possível o abastecimento das residências.


Não bastasse a ineficiência no abastecimento, a Cagepa também não está conseguindo fornecer água de boa qualidade para os habitantes de Areia a julgar pela cor do líquido que chega às torneiras. O Vereador Vicente Bernardo Dias (Sopa), na ocasião, apresentou uma garafa d´água dizendo que aquele líquido era o que chegava nas residências de Areia. Não era difícil perceber que se tratava de algo impróprio para o consumo humano ao julgar pela cor barrenta. Ele lamentou ainda o pouco interesse dos políticos que foram votados na cidade com a questão da água.


O vereador Carlos Tito, que mantém bom relacionamento político com o governo do estado informou que por seu intermédio o presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, marcou audiência para a próxima terça-feira (26) para debater a questão.


O prefeito de Areia Elson da Cunha Lima Filho (Elsinho) propôs que fosse feito documento "a classe política que recebeu votos em Areia" como forma de pressionar a Cagepa. Elsinho lembrou que a cidade precisa não apenas de água nas torneiras mas também da expansão e manutenção dos serviços da Cagepa e citou como exemplo a rede de esgoto que já está concluída mas ainda não foi entregue a população. "Se faz necessário que a Cagepa faça a manutenção de forma correta destes serviços". Ele comentou ainda que a Cagepa tem dinheiro pois mesmo sem receber água em suas casas as pessoas terão que pagar, a partir deste mês, 17% a mais.

Para Elsinho a Cagepa está "quebrada" por causa da classe política. "Quem quebrou a Cagepa foi a classe política, não vou citar os nomes por questão de educação", concluiu.

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